Depois, sigam alguns parâmetros. Há resenhas que descrevem como é composto um livro: do que fala (tema); número de capítulos; entre outros detalhes de edição do mesmo como editora, preço, quantidade páginas. Mas há aquelas chamadas "resenhas críticas", onde quem escreve emiti um pensamento, uma análise sobre a obra resenhada, e aí está o destaque desse tipo de resenha. Penso que, neste caso, mais interessante a resenha crítica é quanto mais conhecedor das obras de determinado escritor é o resenhador.
Um dos nomes promissores do cinema brasileiro: Marcius Barbieri . Assisti no araribóiacine 2003 ao seu "O cego estrangeiro". Marcius é do DF. Seu filme une cinema e literatura. Não há imagens, só legendas. Foi inventado um idioma que mistura radicais de várias línguas (francês, italiano, inglês português, espanhol e outros). O elo de entendimento entre o espectador e o personagem é a legenda - recurso cinematográfico adicional usado nos filmes estrangeiros. As imagens são construídas na mente de cada espectador, como se estivesse lendo um livro. Alguns "cricris", que não assistiram, poderiam dizer e dirão: se eu quizer ler um livro, eu leio um livro, não vejo este filme. Aí é que está o "X" da questão. Quem assitir ao filme, somente 6min, estará experienciando um estudo de linguagem cinematográfica, muito bem sacada e estudada pelo Marcius, que além de nos segurar prazeirosamente durante os 6 minutos da exibição, nos faz participar ativamente através da imaginação. É difícil, ou impossível dizer aqui sobre o impácto positivo no expectador/leitor, porém, os saldos positivos deste curta de 35mm não são poucos. Este curta de Marcius Barbieri, inicialmente rejeitado em mostras, já ganhou prêmios, e com a grana o diretor investiu no aprimoramento do som. Os sons são importantes no filme, pois o personagem é cego, mas não é mudo nem surdo. Assim, Marcius já concorre e entra mostras também no exterior, aprimorando a qualidade técnica. Este é só um dos muitos exemplos de gente que faz e bem cinema aqui no Brasil, mesmo sem grana, mas com muito talento, desejo e trabalho. Tânia Lúcia Barros - roteirista, escritora- RJ (este pequeno artigo foi publicado no fórum e no blog) Fotografia : André Carvalheira "Xará" Montagem: Sérgio azevedo Sound designer: Pauly di Castro Música: Luís Rocha "Espiga" Colaboraçào de texto : Beatriz de Paoli Elenco : Luís Orione "Lula" http://www.letracine.blogger.com.br Pra lá de Bagdá, a paz... Oh berço antigo, mesopotâmia...Oh séculos, que a tirania não aniquila, nem tanto a poesia. ( Tânia L.B. - 20/03/03)
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